terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Especial

Oficina com o Grupo XIX de teatro
O ator-criador: construíndo narrativas
A oficina tem como mote um dos pilares principais da pesquisa do grupo: o processo colaborativo. A idéia da oficina é também uma tentativa de reproduzir em pequena escala a maneira como se dá o processo criativo dentro do Grupo XIX. Uutilizando o corpo como caminho privilegiado, através de um trabalho físico intenso, o ator será convidado a pesquisar seus impulsos vitais, suas leis naturais orgânicas e a descobrir como acessar a si mesmo, conhecendo seus verdadeiros limites e potencialidades, para chegar ao seu “estado criador pleno”. Um ator orgânico, consciente de si, livre para criar e pronto para “contaminar” e ser “contaminado”. Um ator que trabalha com o intuito de conquistar uma criação de responsabilidade artística coletiva. Nos encontros, trabalharemos a integração, a investigação de um universo temático proposto pelos orientadores, a construção de partituras e suas possibilidades narrativas.

Espetáculos

Um Comedor de Ópio, da obra de Charles Baudelaire, inspirado em As Confisssões de Um Comedor de Ópio, do poeta inglês Thomas de Quincey. Adaptação e encenação de Ceronha Pontes. Melhor esquete e melhor atriz no Festival de Esquetes de Fortaleza 2000. Quase nove anos de apresentações: Projeto Porão, TJA: Simpósio Internacional de Filosofia Nietzsche e Deleuze; entre outros circuitos. Quinze minutos de mergulho profundo nos "paraísos artificiais". Afinal, "quem jamais desejou um bálsamo para suas dores cotidianas, um remédio que modificasse suas vidas?"

Solo Número 1 – Babel Um vigoroso encontro cênico no qual o ator João Andrade Joca investiga as possibilidades do corpo grotesco. Usa como referência básica o estudo de Bakthin sobre Rabelais, “A cultura popular na Idade Média no contexto de François Rabelais”. Com o também ator Paulo Ess, Joca criou o Curso Princípios Básicos de Teatro, em 1991, mais regular atividade de formação do TJA.

Uma Flor de Dama, livremente inspirado no conto Dama da Noite, de Caio Fernando Abreu. Adaptação e encenação de Silvero Pereira. Prêmio de Melhor Ator no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga 2005. Uma noite na vida de um travesti, que faz uma travessia tocante em torno do amor, do sexo, da vida e da morte.

Meire Love Quatro meninas prostituídas perambulam pelas ruas de uma cidade turística em meio à barbárie cotidiana. Buscam, por intermédio do sonho e da fantasia, um lugar para a felicidade. Encarcerada pelas condições de miséria, Meire é motivada pelo jogo de búzios a planejar sua fuga, acreditando que um estrangeiro virá buscá-la, levando-a para o outro lado do mundo.
Texto: Súzy Élida Lins. Direção: Suzy Élida Lins e Yuri Yamamoto. Elenco: Rafael Martins, Rogério Mesquita e Yuri Yamamoto. Uma realização do Grupo Bagaceira de Teatro.

Rizoamachadiano Para comemorar o centenário de morte do escritor Machado de Assis, o grupo Humanos Espaços-tempo, de Caririaçu, encena fragmentos de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, além do conto “Um apólogo”, com as marcas do escritor: realismo psicológico na caracterização interior das personagens, enredo não-linear com ações alternadas e digressões, humor irônico, metalinguagem em que o narrador conversa com freqüência com o leitor. Uma tentativa de encenação a partir do conceito de rizoma em que o pensamento humano se configura numa multiplicidade enquanto organização não hierarquizada, não estável, em processo de criação. Três atores e um contra-regra evidenciam o texto de Machado de Assis nas suas mais diversas possibilidades cênicas de utilização da palavra. Dramaturgia: Suzana Carneiro e Mauro César. Elenco: Suzana Carneiro, Alan Oliveira, Paulinho Santos. Contra-regra: Mauro César

Bravíssimo O texto compila e reelabora crônicas de Nelson Rodrigues (publicadas entre 1950 e 1970) nas quais o escritor analisa arquétipos de identidade do povo brasileiro. A concepção cênica configura o discurso rodrigueano em duas personagens emblemáticas que encarnam maneiras, diametralmente opostas, de encarar o Brasil: a grã-fina das narinas de cadáver e a vizinha gorda e cheia de varizes. A primeira representa aqueles que menosprezam o Brasil e a segunda, aqueles que acreditam na transfiguração do país. Atuação, direção e dramaturgia de Ricardo Guilherme, criador do Teatro Radical. Assistente de Direção: Suzy Élida Lins de Almeida e Karlo Kardozo.
Realização: Grupo Pesquisa/Teatro Radical

Hygiene Encenada à luz do dia, é baseada em uma pesquisa sobre o processo de higienização urbana no Brasil do fim do século XIX, onde um grande contingente de culturas e idéias dividem o mesmo teto – o cortiço. E desse caldeirão de misturas surgem os embriões de importantes manifestações de nossa identidade, assim como as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais. Criação e Pesquisa: Grupo XIX de teatro. Dramaturgia: Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Paulo Celestino, Renato Bolelli Rebouças, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Sara Antunes. Elenco: Janaina Leite, Mariana Armelini, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Sara Antunes. Direção: Luiz Fernando Marques.
http://www.grupoxixdeteatro.ato.br/ . Para maiores de 14 anos

Hysteria No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições - reflexos diretos de uma sociedade em transição. Abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a platéia masculina é separada da platéia feminina, que é convidada a interagir com as atrizes. O mote da pesquisa é a condição do feminino. A história da mulher do século XIX é uma história diurna. A idéia de abdicar dos holofotes e apresentar a peça utilizando a luz solar, além de uma coerência histórica, aproxima a nossa cena das referências pictóricas da época. Criação, pesquisa de texto, figurinos : Grupo XIX de Teatro. Elenco: Evelyn Klein, Mara Helleno, Janaina Leite, Juliana Sanches, Sara Antunes. Direção: Luiz Fernando Marques. Cerca de 70 minutos. Para maiores de 14 anos

O Cantil A partir do texto “A exceção e a regra”, de Brecht, o Grupo Teatro Máquina realiza um rigoroso e delicado espetáculo de teatro físico. Direção: Fran Teixeira. Indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2008 pela manipulação direta de atores.

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Fortaleza, Ceará, Brazil
Inaugurado oficialmente em 17 de junho de 1910, apresenta arquitetura eclética: sala de espetáculo em estilo art noveau, auditório de 120 lugares, foyer, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA); o Teatro Morro do Ouro, com capacidade para 90 pessoas; a praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre e capacidade para 600 pessoas; a Biblioteca Carlos Câmara; a Galeria Ramos Cotôco; quatro salas de estudos e ensaios; oficinas de cenotécnica, figurino, iluminação e o Curso Princípios Básicos de Teatro. A pedra fundamental foi lançada em 1896, no centro da praça Marquês do Herval, atual praça José de Alencar, mas o projeto original não foi concretizado. Em 1904 é que foi oficialmente autorizada a construção do Theatro José de Alencar, através da lei 768, de 20 de agosto. Em 6 de junho de 1908 as obras oficialmente tiveram início, e as peças de ferro fundido que compõem a estrutura do teatro foram importadas de Glasgow, na Escócia. No projeto do TJA, o capitão Bernardo José de Mello imaginou um teatro-jardim. Mas o jardim só foi construído na reforma que durou de 1974 a abril de 1975. A última reforma se deu entre 1989 e 1990.

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