terça-feira, 2 de setembro de 2008

Saiba mais sobre a programação

Informações complementares fornecidas pelos realizadores das atividades

O CORCUNDA DE NOTREDEAME - CIA DE TEATRO IMAGINARIUM
Musical adaptado do romance histórico de Victor Hugo, Notre Dame de Paris, que se popularizou com o nome de O Corcunda de Notre Dame. Obra publicada em 1831. Apresenta algumas das questões que se impõe à sociedade ao longo dos séculos. Ambientado na Paris de 1482, fala de conflitos que marcam a contemporaneidade: a problemática da intolerância, da desigualdade social e da exclusão. Direção Geral: Juliana de Oliveira. Direção de Arte: João Carlo Waldino. Direção Musical: Ana Cecília Florêncio. Produção Musical: Jofran Fonteles. Com 20 atores, 24 coralistas e 10 músicos

O MENINO QUE TINHA MEDO DE TUDO OU OS MONSTROS DA FLORESTA ASSOMBRADA!!! – Teatro da Juventude
Comédia infantil de Luiz Arthur é uma produção do Teatro da Juventude do Rio de Janeiro. O espetáculo cumpre a XXXV Temporada Nacional da companhia carioca, cujo roteiro passa por mais de 80 cidades do Brasil, realizado de março a novembro. Com uma hora de duração, aborda a importância do saber. O ator Marcelo Dusi se transforma em diversos personagens e manipula um boneco. Direção, ambientação e figurinos de Luiz Arthur. Saiba mais: www.teatrodajuventuderj.blogger.com.br


MIUCHA E OS CARIOCAS
TURNÊ NACIONAL EM HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA BOSSA NOVA. Parte do ItaúBrasil, em sua primeira edição
PARA FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO: www.factoriacomunicacao.com

João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes formaram a Santíssima Trindade da Bossa Nova. Miúcha foi a única artista a cantar e gravar com os três. No momento no qual se celebra os 50 anos da Bossa Nova, a cantora participa da comemoração do Itaúbrasil, percorrendo sete cidades brasileiras em setembro. Como convidado especial, Os Cariocas. A turnê começa no dia 09 de setembro, em Fortaleza. Passa por Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Campinas e Curitiba. Termina dia 30 de setembro, em Porto Alegre.

Uma realização do Itaú, o Itaúbrasil tem como objetivo enaltecer e difundir o que o país tem de melhor. O evento abriga ainda, no seu primeiro ano, dois shows concebidos especialmente para a ocasião – a união inédita de Roberto Carlos e Caetano Veloso em homenagem a Tom Jobim e o encontro de jovens artistas para celebrar João Donato, realizado em julho, além da megaexposição tecnológica ‘Bossa na Oca’, em cartaz em São Paulo até 07 de setembro.

Miúcha preparou um show especialmente para a ocasião, elaborando um roteiro que tem como suporte poético e musical a obra de Vinícius, Tom e Chico Buarque, e ainda seus clássicos gravados com João Gilberto, artistas que a acompanharam pela vida afora. Além da tour, estão sendo lançados dois sensacionais discos de Miúcha: uma coletânea com gravações memoráveis acompanhada de João, Tom e Vinícius (SonyBMG) e outro na coleção de Bossa Nova da Folha de São Paulo acompanhada de Tom Jobim.

Os Cariocas gravaram inúmeros discos de bossa nova, inclusive nos Estados Unidos, com produção do maestro Quincy Jones. O grupo tem como principal característica o seu moderno sistema de distribuição de vozes, inédito em conjuntos brasileiros e constitui sua grande personalidade. Atualmente, é formado por Severino Filho (arranjador, pianista e primeira voz, é o remanescente das primeiras formações do grupo), Eloi Vicente (violonista, quarta voz e solos vocais), Neil Teixeira (baixista e terceira voz) e Hernane Castro (baterista e segunda voz). O roteiro passeia por clássicos como ‘Corcovado’, ‘Eu Sei que Vou Te Amar’, ‘Samba do Avião’ e ‘Fotografia’, além de pinçar canções menos conhecidas do vasto universo de composições dos três autores. A cantora sobe ao palco ao lado do Quarteto Bossa formado pelo maestro Leandro Braga (piano), João Lyra (violão), Jamil Joanes (contrabaixo) e Ricardo Costa. O show começa com a apresentação solo de Miúcha acompanhada por seu quarteto. A cantora sai de cena para que Os Cariocas apresentem seis clássicos da Bossa Nova. Miucha retorna juntamente com sua banda. Ao final, o grupo faz os vocais para Miúcha, que encerra o concerto com a canção símbolo, ‘Chega de Saudade’. O destaque especial da tour é o belo cenário de Isabelle Bitencourt. Miúcha nasceu no Rio de Janeiro e foi criada em São Paulo. Viajou para estudar história da arte na Sorbonne, em Paris, levando o violão na bagagem. Lá encontrou João Gilberto, com quem casou. Moraram juntos em Nova Iorque, onde nasceu a única filha do casal, Bebel Gilberto. Em 1975, Miúcha gravou seu primeiro disco, ‘The Best of Two Worlds’, ao lado de João Gilberto e de Stan Getz. Em seguida, iniciou uma parceria musical com Tom Jobim, que se consolidou com o lançamento de ‘Miúcha e Antonio Carlos Jobim’ (1977). Seu batismo de palco foi em espetáculo que se tornou célebre, ‘Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha’, que viajou pelo Brasil e para o exterior. A seguir, lançou ‘Miúcha e Tom Jobim’, gravado em NY, que contou com a presença de Chico Buarque e também de Claus Ogerman, um dos arranjadores prediletos do maestro soberano. Logo depois, Miúcha iniciou sua carreira solo, aprimorando sua arte nos palcos de todo o Brasil e de vários países no exterior. O jornal francês Le Monde assim definiu a cantora, por ocasião do lançamento de um de seus discos: "Voz quente, afinação exata, grande poder de comunicação”. Para saber mais: www.miucha.net

Os Cariocas: Grupo vocal formado no Rio de Janeiro, Os Cariocas fizeram escola na arte de cantar música popular em vocal, misturando polifonia e efeitos rítmicos. Influenciados por outros grupos vocais como o Bando da Lua, Anjos do Inferno e Quatro Ases e Um Coringa, estrearam no programa de calouros de Renato Murce, na Rádio Mundial. Eles se apresentaram ao então diretor da Rádio Nacional, Radamés Gnattali, e foram contratados. Ficaram na Rádio Nacional por 20 anos. Uma das primeiras gravações de ‘Chega de saudade’ foi feita pelos Cariocas, tendo o próprio João Gilberto ao violão. Começava aí a intensa relação do grupo com a bossa nova. nos anos 60, o grupo gravou uma série de seis discos integralmente dedicados à bossa nova: ‘A Bossa dos Cariocas’, ‘Mais Bossa com Os Cariocas’, ‘A Grande Bossa dos Cariocas’, ‘Os Cariocas de 400 bossas’ (400 anos do Rio de Janeiro), ‘Arte/Vozes’ e ‘Passaporte’. O sucesso dos Cariocas chegou aos Estados Unidos, onde conheceram o maestro Quincy Jones, resultando na estréia fonográfica do grupo nos Estados Unidos, com o lançamento de ‘Introducing The Cariocas’, com uma seleção de bossa nova produzida pelo próprio Quincy Jones. O grupo entrou em recesso no final dos anos 60, mas há duas décadas retomou a carreira e segue viajando pelo Brasil e exterior com o melhor da música produzida no país.
Os Cariocas: Severino Filho (arranjos, 1ª voz e piano), Hernane Castro (2ª voz e bateria), Neil Teixeira (3ª voz e contrabaixo) e Elói Vicente (4ª voz e violão)


DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA, DE PLÍNIO MARCOS

Com ANDRÉ GONÇALVES e FREDDY RIBEIRO
Direção: SILVIO GUINDANE

Sinopse
Paco e Tonho são dois operários falidos e semi-marginalizados de um Mercado de Peixe do cais do porto. Enquanto Paco é um ser tomado pelo sentimento de provocação e agressividade aparente, Tonho, mais velho, tem em seu peito uma grande vontade de crescer na vida, fazer valer o estudo que cursou, por isso desenvolve uma espécie de dependência aos valores socialmente válidos que se recria neste espetáculo relacionado a um par de sapatos. Os sapatos representam todos os valores materiais do capitalismo, da exaltação da imagem e do desencaixe social. A agressividade de um e a passividade de outro desnudam o comportamento dos dois, dilacerando assim uma luta de cérebros até a destruição. Uma luta esta que pode acontecer com qualquer um de nós, mesmo que não sejamos semi-marginalizados de um mercado de Peixe do cais do porto.

Escrita em 1966, em São Paulo, no bar ponto de encontro, transferindo-se em seguida para o teatro de arena, “Dois Perdidos numa noite suja” é uma das peças mais importantes de Plínio Marcos. Encenada na França, Alemanha, Inglaterra, Cuba, além de adaptações para o cinema. Marcou presença em uma temporada de um mês (de 24 de Abril a 18 de Maio de 2008) no Teatro Mundial em Lisboa, reunindo mais de 1.200 espectadores. Ver “Dois perdidos numa noite suja” não é fácil. O humor para descarregar a vergonha, o medo e a covardia que a honestidade do autor provoca. Nesta montagem, Paco é André Gonçalves” e Tonho, “Freddy Ribeiro”. Direção do ator e diretor carioca Silvio Guindane.

André Gonçalves
Participações em várias novelas da Rede Globo: “Vamp”, “A próxima vítima”, “Era uma vez”, “Senhora do destino”, “Paraíso Tropical”, “A Muralha”, dentre outras. No teatro, é o eterno Pedro Bala de “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. Atuou em outras montagens como “Noite de Reis”. No cinema estreou em “Coração dos Deuses”, de Geraldo Moraes (1999). Em 2001, fez “Condenado a Liberdade”, de Emiliano Ribeiro. Dois anos depois , viveu o papel-título de “Garricha-Estrela Solitária”, de Milton Alencar, onde ganhou vários prêmios. Fez “Cazuza- O tempo não pára”, “O Homen do Ano” e “Eu te darei o Céu”, que lhe rendeu o Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado.


Freddy Ribeiro
Ator de teatro, com uma vasta carreira no cinema e na tv, passando por filmes como “Cleópatra” e “Miramar”, de Júlio Bressane, “Cidade do Klaus” e “Sob o signo do caos”, de Rogério Sganzela, “Cinema Falado”, de Caetano Veloso, “Garrincha estrela Solitária”, de Milton Cunha, “O Homem nú”, de Hugo Carvana, entre outros. Conhecido na TV como delegado Perilúcio Vaz, que fez durante três anos no “Sítio do pica pau amarelo”. Participações em novelas: “Uga Uga”, “A Viagem”, “Corpo Santo”, e minisséries como “Labirinto”, “Malhação” e “Brava Gente”. Considerado por Caetano Veloso e Maria Betânia como Símbolo Baiano, Freddy Ribeiro movimentou o Rio de Janeiro com o espetáculo “Bonitos e Paranóicos”, que estreou em uma esquina do bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, e foi um dos maiores sucessos do verão Carioca.


DIRETOR
O ator Silvio Guindane revelado ainda criança pelo cinema brasileiro na fase do seu renascimento, em 1996, com o premiado “Como Nascem os Anjos”. de Murilo Salles. O filme lhe rendeu vários prêmios, entre eles um Kikito (Festival de Gramado) e um Candango (Festival de Brasília). Construiu uma sólida carreira teatral e cinematográfica. São mais de 15 longas: “Orfeu” e “O Maior amor do mundo”, de Carlos Diegues, “De passagem”, de Ricardo Elias, e “Quanto vale ou é por quilo”, de Sergio Bianchi, e os recém-lançados “Pode Crer”, de Artur Fontes, e “Só por Hoje”. de Roberto Santuci. Atualmente, acaba de protagonizar o longa “Um dia”, de Jéferson DE. No teatro: “Barrela”, de Plínio Marcos; “Tango, Bolero e xá, xá, xá” e “Inimigo da Classe”, de Niguel Wilianps. Na tv : “Andando nas Nuvens”, “ Aquarela do Brasil”, “O Clone”, “América” e “Vidas Opostas”. PRÊMIOS: *No seu primeiro filme “COMO NASCEM OS ANJOS” de Murilo Salles recebeu os prêmios: *KIKITO – no 24° festival de Gramado do Cinema Latino-Brasileiro. *CANDANGO – no 29° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Ambos como “Prêmio Especial do Júri”. *ESTRELA DO MAR – no 8° Festival de Natal do Cinema Brasileiro como “Ator Revelação”. *FILME DE OURO – No Festival de Cinema ano 100 (FESCINE 100) salvador-Bahia, como “Melhor Ator”.


4 VEZES COMÉDIA

1. QUEM SOMOS
O Grupo Arte de Viver é uma ONG Sem Fins Lucrativos criada em maio de 2000. Tem a missão de propiciar a crianças e adolescentes em situação de risco oportunidades de participação em atividades lúdicas em prol de seu desenvolvimento pessoal, social e cultural, bem como oferecer serviços técnicos e artísticos de excelência à empresas e organizações por meio de um trabalho sério e socialmente comprometido com a formação de jovens autônomos e solidários. O grupo oferece um apanhado de seus mais importantes duetos, 6 comédias em um mesmo espetáculo.

2. ANTECEDENTES – 4 VEZES COMÉDIA
Seis comédias, várias histórias e uma cumplicidade presencial com o público. A cada sessão, disponibiliza 4 duetos de comédia. A platéia escolhe as peças da noite e monta seu próprio espetáculo, além de decidir o destino dos personagens e o final das apresentações. Com oportunidade de presenciar todos os bastidores do teatro, a preparação dos atores e todo o ambiente que precede a apresentação, fundamentado na técnica do distanciamento do teatrólogo alemão Bertold Brecht.

3. FICHA TÉCNICA Gênero: Comédia. Categoria: Adulto. Duração: 70 minutos. Desenhos de Animação: Klebson Alberto. Cenografia: Hemetério Terceiro e Klebson Alberto. Figurinos, Iluminação e Produção: O Grupo. Apoio Técnico: Josy Macedo e Pedro Marinho. Elenco: Ackson Dantas, Denis Lacerda, Hemetério Terceiro, Jerusa Nascimento, Klebson Alberto, Leandro Guimarães, Mara Cibely, Simone Evans. Direção e Montagem: Hemetério Segundo

Sinopse
A PROVA DO GATO: Aborda a traição. Um homem se sente traído e vai tomar satisfações. Gera uma confusão e uma grande descoberta. O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA: sobre a monotonia da vida conjugal. Uma mulher apaixonada tenta a todo custo levar seu casamento com um homem grosso e altamente previsível. 24: sobre homofobia. Um homem acorda 24h antes de completar 24 anos. Por conta da coincidência e das brincadeiras de um amigo, acha que vai mudar de lado. TIME DE FORA: sobre o vício pelo futebol. Um homem faz tudo pelo futebol. Esquece até de sua vida conjugal. A RAIZ DO PROBLEMA: sobre a liberação sexual. Uma filha conta à mãe sobre sua paixão por outra mulher. E diz que o irmão namora um amiguinho. BOM LADRÃO: sobre a honestidade. Um ladrão, ao ser surpreendido por sua mulher, tem de encontrar alguma forma para devolver os objetos que acabara de roubar.
* Todas as peças surgiram de experimentações de nossos atores profissionais que se organizaram livremente em duetos para montar e discutir teatro.
Pequenos Milagres – Grupo Galpão
Espetáculo ganhou sete prêmios mineiros de teatro
DIREÇÃO DE PAULO DE MORAES. RECOMENDÁVEL PARA MAIORES DE 12 ANOS
ASSESSORIA DE IMPRENSA: 31 34639186 - 31 9615-0077

Depois do sucesso da Turnê Minas Gerais, que reuniu um público quase 30 mil pessoas em 17 cidades, o Grupo Galpão parte para o Nordeste, apresentando Pequenos Milagres em Fortaleza. Pequenos Milagres estreou em 2007, dando início às comemorações dos 25 anos do Grupo Galpão. Seus preparativos tiveram início no ano anterior, com a campanha "Conte sua História", idealizada pelo diretor Paulo de Moraes, que solicitou às pessoas que enviassem pequenas histórias reais, que tivessem conteúdos surpreendentes, como um "pequeno milagre" cotidiano.

A campanha alcançou pleno êxito recolhendo cerca de 600 histórias (via cartas e e-mails) de várias partes do país. Desse total, foram pré-selecionadas, pelos atores, o diretor e o dramaturgo, Maurício Arruda Mendonça, as 50 que mais representavam o cotidiano das pessoas. Após vários workshops, chegou-se a quatro histórias que compõem o texto final da peça PEQUENOS MILAGRES, que são Cabeça de Cachorro, O Pracinha da FEB, O Vestido e Casal Náufrago.

Sinopses
Cabeça de Cachorro - Essa história representa um rito de passagem em que um menino do interior, de apenas onze anos, se vê obrigado a enfrentar os desafios da cidade grande para cumprir uma importante missão que lhe foi confiada por seu pai. Fragmentada em quatro partes, ela é contada como uma aventura ao longo da peça.

O Pracinha da FEB - conta a história de um velho expedicionário que re-visita seu passado a partir do olhar de uma jovem enfermeira que trabalha com pessoas da terceira idade.

O Vestido - Retrata a história de uma mulher que realiza um antigo sonho da adolescência, apresentando a delicadeza do sonho de uma menina.

Casal Náufrago - Abordagem sobre a vida de um casal cuja relação está há muito tempo desgastada e que, de repente, se vê na iminência de ter todos os seus problemas financeiros resolvidos através do concurso "Show do Milhão". O texto fala sobre a crueza de duas vidas em que existe pouco espaço para o sonho.

Segundo o diretor Paulo de Moraes, o conjunto de histórias oferece um olhar teatral singular sobre a vida brasileira. "Nessa era de apego à celebridade, nossa ode seria ao homem do povo e aos sonhos de pessoas comuns, de gente como a gente. Quanta potência existe na vida das pessoas comuns! Quanta tragédia! Quanto sonho! Poderíamos ter escolhido muitas outras, mas o conteúdo dessas nos pareceu exemplar", sintetiza o diretor.

Paulo de Moraes explica que um projeto dessa natureza permite discutir questões relevantes, com personagens muito próximos a nós, que revelam os sonhos das pessoas comuns. A Campanha Conte sua história foi inspirada no livro Achei que meu pai fosse Deus, de Paul Auster. Trata-se de uma compilação de histórias reais que Auster recebeu dos ouvintes de um programa de rádio nos Estados Unidos, onde trabalhou por algum tempo como locutor.

Para dar suporte ao seu trabalho com o Galpão, Paulo de Moraes convidou parte dos parceiros com os quais trabalha em seu grupo, a Armazém Cia de Teatro, no Rio de Janeiro. O dramaturgo Maurício Arruda Mendonça, junto com o próprio Paulo, ficou responsável por ampliar as histórias recebidas e adaptá-las para a linguagem teatral. O cenário, Paulo também divide com Carla Berri. Os figurinos são de Rita Murtinho e a iluminação é de Maneco Quinderé. A preparação corporal ficou a cargo de Núbia Barbosa e de Dudude Herrmann.

Premiações: Pequenos Milagres recebeu, em 2008, sete premiações mineiras no Sinparc e no Sesc/Sated, entre elas melhor atriz, melhor dramaturgia, melhor cenário e melhor criação de luz.

Interpretação Realista
A característica essencial do Galpão, grupo composto por atores, mais uma vez o coloca diante de um desafio: trabalhar com um novo diretor. O convite para Paulo de Moraes coordenar a nova montagem aconteceu ao mesmo tempo em que o Grupo buscava novas possibilidades artísticas em sua trajetória.

Acostumados a atuar e criar seus espetáculos e personagens baseados na Farsa (peça cômica, irreverente e burlesca, com elementos das comédias de costumes) os integrantes do Galpão queriam agora experimentar a interpretação realista, por exigir do ator maior envolvimento emocional com a cena. Além disso, o desejo era a busca por uma temática mais urbana, algo diferente dos textos clássicos com os quais estão acostumados, como Romeu e Julieta (William Shakespeare), Um Molière Imaginário (Molière), O Inspetor Geral (Gògol), Um Homem é um Homem (Bertolt Brecht), entre outros. "Não queríamos nos repetir, por isso embarcamos neste projeto com todo o risco que ele representa", diz Eduardo Moreira, integrante e um dos fundadores do Grupo.

Para Chico Pelúcio, ao realizar a campanha Conte Sua História, O Grupo coloca em evidência o homem comum, e não o herói. "Essa inversão do olhar possibilitou o nosso encontro com o Brasil popular que sempre alimenta o caminho do Grupo. E como há muito tempo admiramos o trabalho do Paulo de Moraes na Armazém Cia de Teatro e o seu rigor e precisão, resolvemos encarar esse desafio junto com ele", sintetiza.

Histórico do Grupo
O Grupo Galpão nasceu há 25 anos. Tendo sua origem ligada ao teatro popular e de rua, o Galpão monta espetáculos de grande comunicação com público. Sediado na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o Galpão é um dos grupos que mais viajam, não só pelo Brasil, como também pelo exterior, tendo participado de vários festivais em dezessete países das Américas Latina e do Norte e da Europa. No Brasil, em 2005 e 2006, realizou turnês especiais por locais onde as comunidades dificilmente teriam acesso ao teatro sem a iniciativa do Galpão. Nesse período, o Grupo viajou por 38 cidades, distribuídas entre o Vale do Jequitinhonha e Estrada Real / MG, passando pelo Rio de Janeiro e Espírito Santo, até as regiões mais distantes, como o interior do Centro Oeste, Norte e Nordeste.

Grupo de atores que trabalha com diretores convidados, o Galpão desenvolve pesquisas com vários elementos cênicos, com destaque para as linguagens do circo e da música (geralmente interpretada ao vivo pelos próprios atores), traduzindo para uma linguagem brasileira vários clássicos, numa fusão do erudito e do popular.

Atualmente, além de Pequenos Milagres, apresenta um repertório com três espetáculos que têm, basicamente, o mesmo elenco – “Um Molière imaginário”, espetáculo de rua (que também pode ser apresentado em teatros) baseado em “O Doente imaginário”, de Molière; “O inspetor Geral”, de Gógol, espetáculo para palco, e “Um homem é um homem”, de Bertolt Brecht, com músicas de Paul Dessau, espetáculo que se pode montar tanto na rua como em teatros.
O Grupo Galpão e conta com os benefícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocínio da Petrobras
FICHA TÉCNICA PEQUENOS MILAGRES
Direção – Paulo de Moraes. Dramaturgia – Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes. Iluminação – Maneco Quinderé. Figurino – Rita Murtinho. Cenário – Paulo de Moraes e Carla Berri. Trilha sonora pesquisada – Paulo de Moraes. Preparação vocal – Bbaya. Preparação corporal – Dudude Herrmann / Núbia Barbosa. Coreografia da cena “O Vestido” – Jomar Mesquita. Planejamento de ensaios – Lydia Del Picchia. Assistente de iluminação e operação de som – Alexandre Galvão. Assistente de iluminação e operação de luz – Wladimir Medeiros. Assistentes de figurino – Janaína Mello e Tarsila Takahashi. Execução de figurino – Maria Antônia Ferreira e Maria do Carmo Resende. Execução de cenário – Marco Souza. Cenotécnico e operador de cenotécnica – Helvécio Izabel. Cenotécnica – Nilson Santos. Criação e confecção do “cachorro” – Giramundo Teatro de Bonecos. Confecção armas e adereços dos cães - Eduardo Felix, Daniel Herthel e Maria Leite. Pintura em painel - Daniel Monteiro Lacerda. Miniatura do ônibus - Daniel Sotero. Técnica de Pilates – Waneska Carvalho. Professor de corneta e trompete – Sargento Charles. Professor de gaita – Leandro Ferrari. Fotos – Guto Muniz. Programação Visual – Lápis Raro. Gerência Administrativa – Sílvia Batista. Assistente Administrativa – Arlene Marques. Assessoria de Captação – Mauro Maya. Assessoria de Comunicação – Júnia Alvarenga. Assistentes de Comunicação – Patrícia Campolina e Flávia Cristini. Assessoria de Planejamento: Romulo Avelar. Assistente de Planejamento - Leonardo Lessa. Assistentes de Produção - Milena Lago, Raquel Machado e Ana Carolina Linares. Produção Executiva - Beatriz Radicchi. Direção de Produção – Gilma Oliveira. Produção Nacional – Grupo Galpão. Produção Local – Procult. Patrocínio – Petrobras


GRUPO GALPÃO
NOSSAS HISTÓRIAS DE QUINTAL
Quando eu era criança, toda vez que me sentia muito inseguro, me dava uma vontade de subir num lugar bem alto. Por um lugar “bem alto”, entenda-se o telhado da casa onde eu morava. Eu ia pro quintal, subia na árvore de carambola e, de lá, pulava pro telhado. Ficava lá escondido, um tempão. Às vezes, minha mãe gritava, querendo saber onde eu estava. Eu não respondia. Eu tinha um sonho recorrente, na época, também. Sonhava que voava “por cima dos quintais”.

Essa imagem me ficou na cabeça, durante a montagem de “Pequenos Milagres”. É como se eu voasse sobre a vizinhança da cidade onde eu morava, no interior do Paraná, e assistisse a essas “histórias de quintal”. Os personagens que trabalhamos nos últimos meses são tão reconhecíveis quanto os nossos vizinhos de anos, quanto o homem que tem um mercadinho na esquina de cima da casa onde meu pai ainda mora, quanto o garçon que eu sempre encontro e que já passou por todos os bares da cidade.

Quando fui convidado pra dirigir um espetáculo com o Grupo Galpão, fiquei um tempo penando dentro da minha cabeça, tentando descobrir qual seria o projeto mais adequado pra esse momento. A gente se reunia (eu e o Grupo), sentava em roda, e ficávamos falando sobre em busca de que teatro a gente iria. Os desejos eram muitos, eram muito diferentes, mas pareciam – de alguma forma – complementares. Como ir de encontro dos desejos dessas pessoas e aos meus próprios? Como fazer um teatro que fosse popular, que falasse do homem brasileiro, que fosse urbano, que contivesse uma discussão sobre ética, que colocasse os atores em risco, etc, etc, etc?!!

Tinha lido um livro chamado “Achei que meu pai fosse Deus”, do Paul Auster. Uma compilação de histórias reais que ele recebeu dos ouvintes de um programa de rádio que apresentou durante um tempo nos Estados Unidos. Quando as coisas começaram a fazer sentido pra mim, pensei que um projeto mais ou menos nos mesmos moldes poderia ir de encontro desses nossos desejos. Ou seja, um projeto como esse poderia nos oferecer um painel bem abrangente do homem brasileiro, poderia nos dar a oportunidade de discutir questões relevantes que fossem propostas por esses mesmos homens e mulheres, poderia fazer a gente trabalhar com personagens muito próximos de nós, poderia nos fazer mergulhar profundamente nos sonhos das pessoas comuns. Nesta era de apego à celebridade, nossa ode seria ao homem do povo.

A partir daí, criamos o projeto “Conte sua História”. Colocamos na rua uma campanha, pedindo que as pessoas nos enviassem pequenas histórias reais, que tivessem um conteúdo surpreendente, como um “pequeno milagre” cotidiano. Recebemos quase 600 cartas e e-mails. Eu, Maurício (meu companheiro de dramaturgia) e os atores fomos mergulhando nas histórias e tomando contato com o cotidiano revelador dessa gente como a gente. Quanta potência existe na vida das pessoas comuns! Quanta tragédia! Quanto sonho! Ao final, escolhemos quatro histórias que seriam a base de nosso espetáculo. Poderíamos ter escolhido muitas outras, mas o conteúdo dessas nos pareceu exemplar. Enfim, tínhamos o nosso painel.

O espetáculo, então, foi estruturado em quatro partes: “Cabeça de Cachorro”, “O Pracinha da FEB”, “O Vestido” e “Casal Náufrago”. O rito de passagem de um menino de 11 anos, que viaja sozinho até São Paulo pra cumprir uma missão muito importante, em “Cabeça de Cachorro”, é a nossa história de conexão. Fragmentada em quatro partes, ela é contada como uma aventura ao longo da peça. Em “O Pracinha da FEB”, um velho expedicionário revisita seu passado. “O Vestido” apresenta a delicadeza do sonho de uma menina. “Casal Náufrago” fala sobre a crueza de duas vidas onde existe muito pouco espaço pro sonho. Agora que as nossas histórias de quintal estão colocadas no palco, vai ficar pra mim a sensação de ter me aproximado ainda mais das minhas próprias miudezas.
Paulo de Moraes (março de 2007)

Produção Ceará
Em caso de dúvida, por favor entre em contato conosco:
(85) 8722 5350 – Mário (Produtor) (85) 8764 0464 – Alessandra (Assist. de Produção)
marioalves30@hotmail.com ou alerubim@hotmail.com


Gravação dvd Louvor Videira
“Para que outros vivam”

Instituto Vida Videira de assistência social e Comunidade Cristã Videira
A banda é constituída por 12 voluntários na Comunidade Cristã Videira. O tema do DVD é a vida do cristão a serviço de outras vidas. O estilo musical da banda é pop-rock gospel.


Teatro Máquina apresenta O CANTIL
A partir de A exceção e a regra, de Bertolt Brecht. Direção: Fran Teixeira
Projeto contemplado no IV Edital de Incentivo às Artes da SECULT
Projeto Vencedor do Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2007 (FUNARTE-PETROBRÁS)
Espetáculo contemplado no Edital do Centro Cultural São Paulo (temporada 2008-2009)

Sinopse
Uma viagem sem espaço nem tempo definidos. Dois homens seguem à procura de algo. Para o patrão a viagem é urgente e aterradora, para o empregado é apenas objeto de seu ganha-pão. Entre os dois se estabelece uma relação nos extremos da desconfiança total e da pura subserviência, relação essa transfigurada pela ausência/presença do cantil. A encenação enfatiza a metáfora da manipulação, estendendo a relação entre os personagens para os atores, através das figuras condensadas do boneco-narrador e do manipulador-narrador.


Escola Livre de Artes Cênicas
Curso
"JOGO E REPETIÇÃO: experimentando o Sr. Keuner de Bertolt Brecht"
Sobre as Histórias do Sr. Keuner, o diretor e crítico teatral Sérgio de Carvalho escreveu Estripulias de João-ninguém, publicado na Folha de São Paulo. Entre outras coisas, ele afirma, depois da assertiva brechtiana que diz que a melhor maneira de uma pessoa aprender é ela própria fazer a coisa, que “a incompletude do palco é uma ferramenta de co-responsabilização do público”. Para Sérgio de Carvalho, “é também essa a voz literária de Keuner, um crítico alegre, comedor de pudins, que aparece em textos curtos epigramáticos como um pensador que pratica o desmonte das idéias dominantes, fazendo-as colidir com a prática real. O inacabamento programático de suas palavras e gestos está no cerne de sua postura dialética.” Diante desse mote e sabendo da fonte inesgotável que as Histórias do Sr. Keuner representa, o grupo Teatro Máquina realiza uma oficina a partir de experimentação de situações, de jogos teatrais e de leitura das estripulias desse sábio
estranhão, no qual se vêmos Brecht tão bem refletido.
Com Joel Monteiro e Fran Teixeira (TEATRO MÁQUINA)
Saiba mais: Teatro Máquina - Joel Monteiro
Rua General Bernardo Figueiredo, 72, Parque Araxá - 60455-440 Fortaleza
(85)3281.6432 e (85)8816.2475 teatromaquina@gmail.com

Noções Básicas de História da Dança
Thaís Gonçalves: 8844.2254
Esta disciplina tem como finalidade traçar um breve panorama da dança cênica no Ocidente, passando por diferentes momentos históricos, do balé clássico em sua origem na corte medieval até a dança moderna, a dança pós-moderna americana, o expressionismo alemão e a dança contemporânea. Com o objetivo de apresentar a história e a produção artística em dança a partir da análise de sua contextualização social, econômica, política, filosófica e geográfica.


FIM PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO

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Saiba mais sobre o TJA

Minha foto
Fortaleza, Ceará, Brazil
Inaugurado oficialmente em 17 de junho de 1910, apresenta arquitetura eclética: sala de espetáculo em estilo art noveau, auditório de 120 lugares, foyer, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA); o Teatro Morro do Ouro, com capacidade para 90 pessoas; a praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre e capacidade para 600 pessoas; a Biblioteca Carlos Câmara; a Galeria Ramos Cotôco; quatro salas de estudos e ensaios; oficinas de cenotécnica, figurino, iluminação e o Curso Princípios Básicos de Teatro. A pedra fundamental foi lançada em 1896, no centro da praça Marquês do Herval, atual praça José de Alencar, mas o projeto original não foi concretizado. Em 1904 é que foi oficialmente autorizada a construção do Theatro José de Alencar, através da lei 768, de 20 de agosto. Em 6 de junho de 1908 as obras oficialmente tiveram início, e as peças de ferro fundido que compõem a estrutura do teatro foram importadas de Glasgow, na Escócia. No projeto do TJA, o capitão Bernardo José de Mello imaginou um teatro-jardim. Mas o jardim só foi construído na reforma que durou de 1974 a abril de 1975. A última reforma se deu entre 1989 e 1990.

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